Gestão de conflitos em ecovilas: o que podemos aprender?
Oi, tudo certo?
Meu trabalho com ecovilas está muito focado na dimensão humana, os aspectos sociais, políticos e a maneira como os coletivos se auto-organizam para atingir seus objetivos de sustentabilidade e solidariedade.
Acredito que nosso maior desafio enquanto seres humanos é aprender a conviver, dialogar, encarar conflitos e tomar decisões juntos.
Plantar uma agrofloresta ou construir um banheiro seco só depende de conhecimento técnico.
Mas escutar um ao outro e trabalhar junto é um desafio que envolve muito mais do que apenas técnicas. Envolve relações complexas, sentimentos e padrões de comportamento internalizados.
Ecovilas, comunidades alternativas, coletivos, cohousing urbano e rural, coliving e colares, coworking e assentamentos sustentáveis são todas propostas que se alinham com esse tema, de alguma forma, especialmente pelos desafios na dimensão social e política, das relações humanas.
As ecovilas são lugares privilegiados para vivenciar relações humanas intensas. Quem mora me comunidade acaba trabalhando, vivendo e de divertindo juntos. Experimentando o Bem Viver Coletivo. Mas também não tem como evitar as diferenças culturais, o mal humor de cada um, as manias, vícios e defeitos.
Na cidade, quando você tem um conflito com uma pessoa do trabalho, você volta pra casa e deixa pra lá. Se tem uma discussão com alguém da família, sai pra dar uma volta e encontrar amigos que não tem nada a ver com a treta.
Nas ecovilas você não tem como evitar o conflito.
É por isso que escolhi as ecovilas para investigar e encontrar maneiras de tomar decisões coletivamente fazer uma gestão de conflitos mais eficaz e humanas. E tenho encontrado muitas respostas a esses dilemas da existência em comunidade.
Encontrei e aprendi a trabalhar com muitas ferramentas de gestão colaborativa, como:
1) Comunicação Não Violenta, uma maneira de compreender nossas necessidades e do outro com empatia.
2) Dragon Dreaming, uma meta-metodologia de planejamento estratégico colaborativo.
3) Sociocracia, um conjunto de padrões para ajudar a criar estruturas de governança, reuniões e processos decisórios em organizações horizontais ou com formas variadas de hierarquia e heterarquia.
4) Design Thinking, ou desenho centrado no ser humano, uma abordagem inteligente para inovar processos, e criar produtos e serviços de forma empática, solucionando problemas reais.
A lista vai longe… Mas é importante lembrar que o caminho é tão importante quanto chegar lá.
Os modelos e ferramentas podem ajudar qualquer organização humana, mas não adianta pegar eles e aplicar sem refletir e adaptar às condições locais.
Por isso, venho pesquisando e implementando algumas soluções que ecovilas usam para fazer sua gestão de conflitos e tomar decisões, e que podem ser aplicadas en empresas e órgãos públicos.
Mas cada implementação é um universo particular, não tem regra nem manual de instrução.
Se você quer saber mais sobre ecovilas e gestão colaborativa, acesse o mue site para conhecer alguns caminhos da minha pesquisa e prática:
https://irradiandoluz.com.br/2018/11/gestao-conflitos-ecovilas.html
Abraços,
Gabriel Siqueira
LANÇAMENTO: DEBATE AO VIVO SEMANA QUE VEM!
Webnário: como morar numa ecovila? Saiba mais e inscreva-se, clique aqui » Data: 14 de novembro de 2018
Hora: das 20 às 22h (Brasília)
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